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Oi Gente!

Hoje o Passaporte Aberto comemora um ano! Nossa, passou tudo muito rápido e por outro lado foi um aprendizado e tanto para mim todos estes posts até aqui! Estou muito feliz em poder dividir não só meus roteiros, mas minhas experiências e aprendizados com vocês durante este tempo!

Por isso o post de hoje! Ele resume muito bem tudo isso até aqui! Hoje vim falar não de uma viagem em si, mas sobre todas elas, todo esse conjunto de experiências loucas, aventuras e descobertas que comecei quando tinha 6 anos. Quais as maiores lições que aprendi viajando. E quando parei para escrever sobre isso só confirmei o que sempre acreditei, que além de mais feliz, com certeza as viagens me tornaram uma pessoa melhor e mais humana.

Vamos lá então?

Sair da Zona de Conforto

Sim, mesmo que eu vá dormir em um hotel confortável, viajar me faz sair da zona de conforto todas as vezes. Fora as vezes que nem hotel confortável tinha e o banho foi de balde, como no Nepal! E isso só me fez bem até aqui! Tenho que deixar minha casa, arrumar uma mala onde escolho apenas uma pequena parcela do que tenho, para passar um bocado de dias fora de casa, comendo outra comida, falando outra língua, enfrentando o desconhecido! Era bem mais cômodo assistir ao Travel Channel não era? Mas não teria a mesma diversão. Além dessa zona de conforto, temos que sair da zona de conforto financeira também. Viajar custa dinheiro e pra conseguir realizar o sonho da viagem própria, muitas vezes e quase sempre tive que fazer escolhas, deixar de comprar alguma coisa para mim para economizar pra passagem, pro hotel, equipamentos etc. Então além de menos acomodada acho que me tornei mais organizada financeiramente.

Jeito que dormi por 15 dias nas montanhas do Nepal!

Jeito que dormi por 15 dias nas montanhas do Nepal!

O vídeo abaixo mostra como tomamos banho num dos lodge no Nepal!

Ter mais coragem

As viagens me ensinaram sim a ser uma pessoa mais corajosa! “Nossa Natalia, mas elas nem são tão perigosas assim…” é, podem não ser, mas para entrar num avião com destino a um lugar novo, com pessoas estranhas, que falam outra língua, comem outra comida é preciso sim ter coragem. Quem aqui nunca ficou ansioso dentro do avião pensando como seria desembarcar num lugar totalmente desconhecido? É preciso deixar o medo de lado e é preciso ter a cabeça aberta para o novo. Tanto que quando comecei a viajar, logicamente comecei por lugares com cultura mais próxima ou que tinha mais facilidade com a língua etc. Hoje, a cada nova viagem, me torno mais ousada, consigo visitar lugares mais inusitados, menos povoados, mais exóticos, simplesmente porque aprendi a ver que as pessoas são pessoas como a gente em qualquer lugar do mundo. Mesmo que não falem a mesma língua e não acreditem nas mesmas coisas, vão tentar ajudar, vão te receber. E isso me deixa cada vez mais confortável na hora de fazer minhas escolhas.

Eu e minha primeira viagem sozinha pela Ásia, na China, visitando a Grande Muralha!

Eu e minha primeira viagem sozinha pela Ásia, na China, visitando a Grande Muralha!

Julgar menos, respeitar mais

Aprendendo que pessoas são pessoas como a gente em qualquer lugar do mundo, as viagens também me ensinaram talvez uma das mais importantes lições que poderiam me ensinar para a vida! Aprendi a me permitir conhecer outras culturas, religiões e costumes, abrir minha cabeça mesmo, e com isso, julgar menos as pessoas, seus jeitos de viver e suas crenças. Conhecendo culturas diferentes sempre vamos ter como lição que o nosso jeito de viver pode ser o jeito certo para a gente, mas existem tantos outros jeitos diferentes mundo a fora, que pode ser o nosso jeito, mas não é o único jeito de viver que existe.

Com um Lama Budista, em sua casa, no Nepal!

Com um Lama Budista, em sua casa, no Nepal!

Passei a respeitar muito mais todas as religiões e admito que aprendi muito com elas também. Aprendi a olhar todas as pessoas como iguais, seres humanos com uma história de vida que têm sentimentos e crenças e acho que me tornei muito menos preconceituosa.

Dar mais valor e ser grata pelo que tenho

Na mesma proporção que as viagens me ensinaram a respeitar, a ver o outro como igual, também foi inevitável, visitando países tão diferentes e curiosos, não valorizar mais tudo aquilo que tenho aqui na minha casa. Principalmente numa viagem como a que fiz pro Nepal, para uma região onde não existem estradas, nem carros, tudo é precário, e mesmo assim você vê pessoas felizes, agradecidas e vivendo com alegria, é impossível você não achar que às vezes reclama demais sem motivos e não passar a ter outra perspectiva da vida que leva em casa, mesmo que ela não seja perfeita. Nessa viagem em específico, lembro de ter me sentido até ingrata me lembrando de alguns episódios passados e pensando como tinha sorte por viver do jeito que vivo. Hoje me vejo como uma pessoa mais grata e como consequência muito mais feliz e alegre com tudo o que tenho. Isso não quer dizer que não busco melhorar, ou não sou ambiciosa, muito pelo contrário, mas sei dar muito mais valor para tudo o que já conquistei.

No Robberg Nature Reserve, África do Sul!

No Robberg Nature Reserve, África do Sul!

Desapegar e simplificar a vida

Mesmo que eu não seja um exemplo de pessoa desapegada e que tudo que tenho caiba em uma mochila por exemplo, aprendi a ser uma pessoa bem mais desapegada do que já fui e dar menos valor para algumas futilidades. E essa lição começa já na hora que você precisa fazer sua primeira mala. Você tem um limite de 20kg, você leva todos os seus looks e usa os 20kg já na ida, ou dá uma cortada para deixar espaço para as surpresas da viagem, e viaja mais leve? Já fui muito do time que lota a mala, hoje prefiro mil vezes viajar mais leve, e venho buscando isso cada vez mais, mesmo que para mulheres seja mais difícil. Aprendi na verdade a simplificar mais a minha vida! A Natalia de 5 anos atrás não viajava sem levar uns quantos saltos para viagem, independente do destino além de um colar pra cada roupa. Hoje, não deixei de ser vaidosa, nada disso, mas se eu levar um é muito. E tem que levar um que combine com todas as roupas. Fazendo isso para poder viajar leve, sem querer acabei simplificando minha vida por aqui também. Mesmo sendo mulher e tendo meus dias de TPM em que nem um closet lotado te dá a roupa certa pra usar, na maioria dos dias a vida se tornou mais fácil e com bem menos frescuras.

O mundo ficou menor, o coração maior

Por fim, mas não menos importante, aprendi que o mundo nem é tão grande assim! Viajar fez ele se tornar menor para mim. Estamos muito mais próximos e ligados aos outros do que pensamos e viajar, conhecer e me conectar com outras culturas me fez sentir mais próxima dessas pessoas. Passei a me comover com histórias que pareciam tão distantes, com notícias e também a me interessar mais com o que acontece no mundo inteiro, me sentindo mais responsável por cuidar dele também! Cuido mais das minhas atitudes como cidadã, sou mais solidária com os outros, cuido mais do meio ambiente, dos animais e acho que com tudo isso, meu coração acabou ficando maior!

Com nossos simpáticos carregadores no Trekking até o Campo Base do Everest!

Com nossos simpáticos carregadores no Trekking até o Campo Base do Everest!

Nas plantações de arroz em Bali

Nas plantações de arroz em Bali

Vendo tartarugas no Hawaii. Só olhar, sem tocar e não levar nada além das lembranças!

Vendo tartarugas no Hawaii. Só olhar, sem tocar e não levar nada além das lembranças!

É claro que eu poderia aprender isso tudo de dentro da minha casa, mas tenho certeza que não seria com tamanha intensidade! Cada lugar toca cada pessoa de maneira diferente e esse é quem sabe o grande barato de viajar!

Espero com esse post ter inspirado todas as pessoas a se permitirem viajar e aprenderem também as suas próprias lições!

Um grande beijo e obrigada pela visita de cada um neste último ano! Que venham muitos mais!

 

 

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Comentários:

  • Guto

    23 de agosto de 2017

    Muito legal Natalia.
    O que se leva dessa vida é a vida que se leva.

    responder…

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